terça-feira, 29 de maio de 2012


ALMA GÊMEA OU ALGEMADAS?
Principalmente os jovens, iniciantes na arte de amar, sonham encontrar essa “metade”, alimentando ternos anseios de uma convivência perfeita, de um afeto sem fim, marcados por imensa ternura e imorredoura ventura.
Quase todos encontram seu par. Raros concretizam seus sonhos, porque a Terra é um planeta de expiação e provas, onde a maioria dos casamentos representa o cumprimento de reajuste assumido perante a Espiritualidade.
Por isso, passadas as primeiras emoções, quando os cônjuges enfrentam as realidades do dia-a-dia, os problemas relacionados com a educação dos filhos, as dificuldades financeiras e, sobretudo, o confronto de duas personalidades distintas, com suas limitações, ansiedades, viciações, angústias e desajustes, não tardam em desconfiar que a suposta “alma gêmea” é apenas uma “algema”, cerceados que se sentem em sua liberdade, frustrados em suas aspirações.
Muitos se casam arrebatados de amor, que logo acaba diante dos atritos e dificuldades do matrimônio. Julgando que erraram na escolha, alimentam secreto desejo de um novo encontro, na eterna procura da alma afim.
Muitas vezes, rompem os compromissos conjugais e partem, decididos, reiniciando a procura. E encontram novas algemas, eternizando suas angústias e gerando problemas que se sucedem, a envolver principalmente os filhos, vítimas indefesas dessas uniões passageiras.

O sucesso no casamento implica em compreender que não há metades eternas que se buscam para completar-se, como na alegoria platônica.
Há Espíritos que conseguem uma convivência fraterna, com o empenho por ajustarem-se às Leis Divinas, superando seus desajustes íntimos, suas deficiências e fragilidades.
Um coração amargurado, um caráter agressivo, uma vocação para o ressentimento, um comportamento impertinente – tudo isso azeda o casamento. Então, existe um engano de perspectiva, um equívoco generalizado.
As pessoas estão esperando que o casamento dê certo para que sejam felizes, quando é imperioso serem felizes para que o casamento dê certo.
A felicidade, por sua vez, não repousa em alguém, no que possa nos oferecer ou fazer, mas, essencialmente, nos valores que conseguimos desenvolver em nós mesmos, em nosso universo interior.
Somente assim poderemos contribuir de forma decisiva para um casamento bem sucedido.
Fundamental, nesse particular, que nos detenhamos na definição do amor, o principal agente das uniões conjugais. O amor legítimo não é uma flecha de Cupido que nos atinge. Não é uma fonte que brota borbulhante.
Não é mera chama arrebatadora, como destaca a bela, mas equivocada imagem poética de Vinícius de Morais: “Que não seja imortal, posto que seja chama, mas que seja infinito enquanto dure.” 
Muito mais que chama de atração passageira, o amor pede os valores da convivência para que se desenvolva e consolide.
Cônjuges que se querem bem, que se amam de verdade, são aqueles que atravessaram juntos as tempestades da existência, relevando um ao outro as falhas, cultivando compreensão, respeito e boa vontade.
Assim, a “algema” de hoje poderá ser a “alma gêmea” de amanhã, mesmo porque o objetivo maior do casamento é a harmonização dos Espíritos que se unem para experiências na Terra.
Hoje desencontrados, atritados, talvez até inimigos de outras vidas. Amanhã amigos! Amantes de verdade!
É lamentável quando os casais se separam, adiando a própria edificação.
O mesmo pode dizer quando alguém proclama que suporta o cônjuge por fidelidade à religião ou aos filhos.
Na avaliação de nossas experiências terrestres, quando regressarmos ao Plano Espiritual, uma das medidas ponderáveis, a ver se aproveitamos a experiência humana, diz respeito à convivência com as pessoas, principalmente no lar.
Voltamos para o Além levando rancores, ódios, mágoas, ressentimentos?
Deixamos inimigos e inimizades?
Perdemos tempo, complicando o futuro.
Harmonizamo-nos com os familiares?
Edificamos a fraternidade legítima?
Construímos as bases de um entendimento cristão com o semelhante?
Ótimo.
Teremos realmente valorizado a jornada terrestre, habilitando-nos a estágios em regiões felizes, habitadas por almas afins, gêmeas na virtude, na sabedoria, no empenho por cumprir as leis de Deus.

RICHARD SIMONETTI

sexta-feira, 25 de maio de 2012


DROGAS...SERÁ QUE DEVEM SER LIBERADAS?


Quando falamos em suicídio, logo imaginamos alguém colocando fim a sua vida física através de envenenamento, tiro na cabeça ou na boca, corte nos pulsos, enforcamento, etc., é o que chamamos de SUICÍDIO DIRETO OU CONSCIENTE.

 Mas nos esquecemos que, há um suicídio lento e silencioso, que chamamos de SUICÍDIO INDIRETO OU INCONSCIENTE. 

Este, é o que mais mata.
O suicídio indireto, é quando aniquilamos lentamente nosso corpo físico, através: DA IRRITAÇÃO (causadora de distúrbio circulatório, como entupimento de veias do coração);
 CALMANTES (a busca da tranqüilidade artificial); ALUCINÓGENOS (a busca da euforia ilusória através da maconha, cocaína, bebidas alcoólicas, etc.);
 O VÍCIO MENTAL COMO OS HIPOCONDRÍACOS (que de tanto imaginar doença, ficam doentes); OS MELANCÓLICOS (adoecem porque a parte psicológica está em baixa); OS MALEDICENTES (se envenenam com o mal que julgam identificar nos outros); OS REBELDES (os eternos inconformados com a vida); OS APEGADOS A FAMÍLIA E BENS TERRENOS (passam a vida preocupados em ter, em cuidar, em não perder, em não deixar ninguém lhe passar a perna); OS EXCESSOS (à alimentação, ao cigarro, ao sexo desregrado, à bebida alcoólica).

 Como vemos, as formas de suicídio são grande. André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto. E conta também, no livro "Nosso Lar", seu sofrimento ao desencarnar, porque foi um suicida indireto.

Sua desencarnação ocorreu porque todo aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. E a sífilis devorou-lhe energias essenciais para a recuperação pós operatória.


E, no tempo atual, infelizmente, observamos o aumento da auto aniquilação pelas drogas como: maconha, cocaína, heroína, crack, bebidas alcoólicas (esta já é liberada), etc.

Há muitos problemas causados pelo uso de drogas, e muitos são os tipos de morte, a mais conhecida é a overdose, porque o organismo se adapta aos efeitos da droga implicando a necessidade de aumentar a dose para continuar obtendo resultados semelhantes.


 Muitos defendem a droga dizend0: NÃO ESTOU PREJUDICANDO NINGUEM, A VIDA É MINHA E FAÇO O QUE QUERO COM ELA

Este discurso egoísta, mostra total ignorância no assunto. O dependente de drogas, geralmente, envolve a família, a sociedade e torna-se envolvido com a criminalidade, pois quando este fica sem condições financeiras para adquiri-la, a consegue com o traficante, através do sistema de comissão nas vendas; sem contar pequenos e grandes furtos, assaltos, muitas vezes, seguidos de mortes, etc.


Chegam a matar familiares para obter algo que possam vender e sustentar seu vício. E com isso, traficantes se fortalecem, matando vidas de maneira direta ou indireta, desagregando famílias e desequilibrando a sociedade. Muitos acreditam também, que o usuário não deve ser punido.


 Mas é o usuário que fortalece o traficante e, consequentemente, ambos fortalecem a criminalidade. Se não houvesse usuário, não haveria traficante.


 O usuário deveria ser encaminhado, obrigatoriamente, a um centro de recuperação, antes de tornar-se violento, perigoso a sociedade. E os que já estão cometendo delitos também.


Hoje, o Governo deveria construir centros de recuperação
como constrói presídio.


Se todos acreditassem na reencarnação, saberiam que a vida não começa no berço, não acaba no túmulo e que a lei é de Causa e Efeito, consequentemente, abusariam menos da lei divina. Então, quando maltratamos nosso corpo físico, geralmente, ressarciremos a mal causado através de doenças, assim como desfrutaremos da saúde se dela cuidarmos.


 Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação.


Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc.


Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando.


 Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo:


Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável?
 Como dissemos, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado:
 "O plantio é livre mas a colheita é obrigatória.

PORTANTO AS DROGAS NÃO DEVEM SER LIBERADAS, NÓS É QUE TEMOS QUE NOS LIBERTAR DELAS.

terça-feira, 22 de maio de 2012

 RAUL TEIXEIRA RESPONDE SOBRE: "CESTAS BÁSICAS, RECEITUÁRIOS HOMEOPÁTICOS E CIRURGIAS ESPIRITUAIS" NAS CASAS ESPÍRITAS.

- Como você analisa as cestas básicas de alimentos, os receituários homeopáticos e a cirurgia espiritual nas casas espíritas?

RAUL TEIXEIRA: Quando falamos em cirurgias espirituais, temos que destacar aquilo que os Espíritos fazem e de que, muitas vezes, não temos consciência. Eles trabalham no campo do perispírito, utilizando-se dos recursos fluídicos do mundo espiritual e do poder mediúnico que a casa tem, em função do seu corpo de médiuns, e que nem ficamos sabendo. Quando passamos a saber, costumamos fazer em torno disso um verdadeiro carnaval. Então, surgem celeumas, discrepâncias, desentendimentos, jogos de interesse e cerimoniais plenamente desnecessários para o  trabalho em questão.

Quando se tratar de cirurgias com utilização de instrumentos de perfuração ou corte, a casa espírita deverá todo cuidado possível porque essa não é a proposta da Doutrina Espírita. Com todo respeito devido aos médiuns curadores que utilizam as facas, canivetes, bisturis, serras, agulhas, etc, cumpre saibamos que não é essa a finalidade de um centro espírita, evitando, sempre que possível, semelhantes práticas em nossas instituições. Perfurações, cortes, extirpações de órgãos e tudo o mais nessa órbita são da alçada da medicina humana, e devemos respeito aos facultativos, respeito à ciência.

Temos à nossa disposição a fluidoterapia, que é uma forma de tratamento que os Espíritos nos ensinaram, conforme as referências de Allan Kardec, no cap. XIV, itens 32 e 33, de A Gênese, o que deve ser observado e realizado com profunda unção, identificando os princípios da fluidoterapia com as perfeitas leis da natureza.

Há, contudo, médiuns com possibilidade de realizar essas atividades de cura espiritual, sem que pertençam a centro espírita algum, mas quando pertencem, é comum haver muita indisciplina em torno desse tipo de atividade, porquanto são raros os dirigentes que não se põem extasiados diante dessa expressão mediúnica, passando a devotar aos médiuns uma perigosa veneração e por isso se sentem desencorajados de lhes chamar a atenção para a indispensável vigilância e a urgente renovação, enquanto atuam nos labores do bem ao próximo.

É muita gente que procura essa faceta mediúnica, é muita gente que a deseja e diversos são os médiuns que se dedicam a essa lida, mas que se sentem impossibilitados de vivenciar a disciplina que o Espiritismo propõe, e passam, em nome do exercício da caridade, a dedicar um tempo muito grande a essas práticas, deixando de lado o tempo precioso para os estudos indispensáveis para refletir em torno da sua própria atividade, para saber como atuam os Espíritos por seu intermédio, que objetivos têm eles ao se prestar a esse serviço; e por desconhecer o sentido da mediunidade para a vida dos médiuns, menosprezam os esforços da auto renovação, conquanto se apóiem, quase sempre, numa visão distorcida do que seja a prática da caridade. Esse é um aspecto perigoso das práticas cirúrgicas nos centros espíritas. É certo que os Espíritos dedicados ao bem do próximo realizam verdadeiros prodígios sem que o saibamos. Outros dão-se a conhecer, mas investem recursos na melhoria íntima daqueles aos quais oferecem curas físicas, em nome do Senhor.

No Rio de Janeiro há instituições muito conhecidas que, como o Templo Espírita Tupyara, realizam respeitáveis trabalhos de tratamento de saúde física, que se tornaram dignos de confiança pelos resultados obtidos, em razão dos médiuns que lidam nesse labor serem instados às disciplinas e à boa conduta, para que possam merecer o auxílio dos Bons Espíritos. Realizam tratamentos cirúrgicos à distância sem que nenhum médium necessite furar ou cortar os pacientes. É comum que as pessoas sintam os resultados e as curas são realizadas, demonstrando, exatamente, aquilo que O Livro dos Médiuns nos ensina, ou seja, quando há mérito do enfermo e um médium em boas condições para a realização do fenômeno da cura, ela se dá.

Os indispensáveis cuidados que o centro espírita deverá ter são: primeiro, verificar se há médiuns com essas habilidades todas - que são raros - e, depois, que tipo de trabalho será chancelado pela instituição, em nome do Espiritismo. O tratamento da saúde alheia é algo de muita responsabilidade.

QUANTO AOS RECEITUÁRIOS,
os Espíritos (segundo O Livro dos Médiuns) trabalham com o laboratório do mundo invisível. Diz Allan Kardec que os Espíritos não têm nenhuma pretensão de competir com os farmacêuticos e inventores de reconstituintes da Terra (O Livro dos Médiuns, cap. VIII, questão 13.ª, nota de Kardec), o que nos permite entender que o trabalho de lidar com as dificuldades da saúde humana, de tratá-la e medicá-la pertence à humana medicina.
O receituário mediúnico não deveria ser uma coisa realizada sem sentido, aberta ou escancarada, em que as pessoas com indisposição para ir ao médico, ou as que não desejam enfrentar as filas dos institutos de previdência, ou as que se valem dos motivos mais banais se alistam, por comodidade, no rol dos necessitados e vão ao centro espírita para que os Espíritos as mediquem. Naturalmente, os Espíritos não se negam a dar uma orientação, desde que haja razão de ser no pedido, restando saber se o centro espírita dispõe de um médium receitista conforme manda o figurino, ou se serão pessoas receitando placebos para enganar a boa fé dos consulentes, enquanto as reais enfermidades se vão agravando.

O fato de um médium ser psicógrafo não significa que ele tenha que ser um médium receitista. O receituário mediúnico é uma especialização que pode ser através da psicografia, da psicofonia, da inspiração ou da intuição. Não nos cabe, apenas por querer imitar outros grupos e instituições, "inventar" um médium receitista para atrair multidões, pois não é essa a função dessa expressão mediúnica. As consequências dessa "invenção" costumam ser muito danosas, muito dolorosas mesmo.

Quando se descobre que no centro espírita há médiuns com essa habilidade para o receituário mediúnico, aqueles que conseguem estabelecer contato psíquico com médicos desencarnados em prol dos necessitados humanos, então se deverá providenciar uma reunião para esse mister. O trabalho do médium Chico Xavier nesse caso é um exemplo muito interessante, pois se realizava uma reunião de estudos doutrinários, com os comentários dos participantes, enquanto o médium receitista, no caso, o próprio Chico, era situado numa outra sala, com a ajuda de um auxiliar, a fim de atender às solicitações que lhe chegavam, com os mais variados tipos de solicitação. No caso, deverão ser selecionados os pedidos de orientação para os casos de saúde. As leituras, estudos e comentários ajudarão a criar e a manter o clima de salutar vibração para que o receitista possa atender ao seu compromisso.

Essas atividades de receituário devem ser muito bem pensadas, para que não modifiquemos a proposta da doutrina espírita, em nome de um suposto movimento de caridade. É importante que não desenvolvamos uma ação de "descaridade" para com o Espiritismo, em nome da caridade.

A coordenação dos trabalhos doutrinários do centro espírita deverá persuadir, caso seja necessário, o médium a participar das reuniões de estudos, para que ele não se apresente como um livre atirador, nem fique à mercê dos inimigos desencarnados de todos os que, embora se dediquem ao bem, mostram-se relapsos ou negligentes com suas responsabilidades pessoais. Os médiuns, quaisquer que sejam não podem visitar o centro espírita somente nos dias de reuniões mediúnicas, alegando não ter mais tempo para as demais atividades da instituição. Se não participa dos estudos, se não desenvolve disciplinas e se não participa de uma obra social em que teria chance de pôr em prática o seu discurso teórico, o resultado será o envolvimento na má inspiração, em razão da fuga deliberada da sintonia dos bons Espíritos. Esses são cuidados cabíveis a uma instituição espírita dinâmica e 
 responsável.


QUANTO ÀS CESTAS BÁSICAS, vestuários, remédios, médicos, etc., deveremos ter a nítida consciência de que fazemos isso por causa dos descompromissos das autoridades governamentais, a quem caberia tais providências. Precisamos ter a consciência de que esse não é o papel fundamental do centro espírita. Não será de bom alvitre abrir-se um Centro Espírita com essa finalidade, uma vez que o centro deve ser o educandário básico da mente popular.

Entretanto, com base no Evangelho de Jesus, se nos chega alguém padecendo fome, não adiantará fazer discursos bonitos e doutrinários para essa pessoa; ela precisa é de alimentação. Tem que se lhe dar comida. Se se aproxima alguém ao relento, desnudo, precisando de roupa, não adianta oferecer-lhe comida, será preciso dar-lhe uma peça de roupa. Por outro lado, se aparece em nossa instituição alguém doente, não valem discursos nem peças de roupa; há que se lhe providenciar um atendimento médico, seja num posto de saúde, seja num hospital para que seja devidamente tratado. Assim, atenderemos os nossos irmãos do caminho em função das carências que apresentem.

Não viveremos para dar cestas básicas ou roupas. Seria um trabalho de mera filantropia e nós, os espíritas, precisamos ter a consciência de que isto é o de menor importância na pauta de nosso trabalho. Torna-se por demais importante ensinar as pessoas a se conduzir no mundo, ensinar-lhes a viver... Ao lado de tudo o que o centro espírita possa ofertar, a importância maior recairá sobre aquilo que possamos dar de nós mesmos aos necessitados de quaisquer matizes. Muitas vezes somos hábeis na entrega de muitas "coisas" a necessitados, embora tenhamos muita dificuldade de abrir o coração às pessoas. Costumamos ficar sempre longe deles; não procuramos saber quem são, seus nomes, ou quais são as suas necessidades verdadeiras.

Os nossos irmãos necessitados não deverão ser transformados em números fichados, a fim de que os espíritas os utilizemos para sermos caridosos, às custas da exibição da miséria ou das carências deles. O aprendizado espírita nos faz compreender que são, todos, nossos irmãos, são os filhos e as filhas do calvário. Por isso é que todos os trabalhos desenvolvidos pelo centro espírita devem ser bem pensados, devem ter um porquê, precisam ter um sentido, uma razão de ser, a fim de que não percamos tempo realizando atividades que podem ser comparadas às de quem enxuga gelo.

Jamais deveremos fazer algo somente por fazer, sem que haja um sério e espiritual objetivo nessa realização.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Obras Póstumas!
Soa novamente a hora de o divulgarmos amplamente, para que seus preciosos
textos estejam conosco a nos orientar
o procedimento e os passos no bem

Eis um livro muito especial. Esquecido, infelizmente! Convido o leitor a buscar seu exemplar na estante de sua biblioteca para folhear a obra. Sugiro iniciar pelo índice para inteirar-se do conteúdo do livro.  
Contém ele duas partes. Na primeira delas, estudos de Kardec sobre empolgantes temas e na segunda parte anotações íntimas, detalhes da vida particular do Codificador, comunicações dos Espíritos diretamente ligados à tarefa da Codificação Espírita e a preciosidade dos textos Projeto 1868, Constituição do Espiritismo e Credo Espírita.  
Como se sabe, o livro foi publicado em janeiro de 1890, após a desencarnação de Allan Kardec, contendo anotações, textos e estudos encontrados em seu gabinete de trabalho.  
Apesar da riqueza dos estudos contidos na primeira parte da obra, parece-nos que a segunda parte do livro deva ser consultada e amplamente divulgada entre todos nós, atuais espíritas do Brasil e do mundo, principalmente a partir do texto Fora da Caridade Não Há Salvação. Referido texto dá início a uma sequência maravilhosa de reflexões, que se distribuem nos capítulos Projeto 1868, Constituição do Espiritismo e Credo Espírita, como já citado acima.  
A obra ainda contém a biografia de Kardec, o discurso de Flammarion por ocasião do sepultamento do Codificador e os preciosos estudos intitulados Teoria da Beleza, A música celeste, Música Espírita, O Caminho da Vida e As cinco alternativas da Humanidade, entre outros.  
“Os pobres jamais foram rejeitados em minha casa, ou
tratados com dureza”
 
Quando volto a reler tais preciosidades, fico a pensar: Por que nos esquecemos delas? Seria leviandade nossa? Seria desprezo ou indiferença? O que nos leva a desprezar tão valiosos escritos e tão importantes reflexões de Kardec?  
Digo isto porque se trata de textos tão importantes que deveriam constituir material de reflexão diária para os estudiosos do Espiritismo.        
Para mostrar a importância do conteúdo desse livro, infelizmente pouco conhecido dos espíritas, seleciono para o leitor alguns pequenos trechos.  
Ao final das pequenas transcrições, inseri outros comentários: 
a) “Estes princípios, para mim, não são apenas uma teoria, eu os coloco em prática; faço o bem tanto quanto o permite a minha posição; presto serviço quando posso; os pobres jamais foram rejeitados em minha casa, ou tratados com dureza; (...)  Continuarei, pois, a fazer todo o bem que puder, mesmo aos meus inimigos, porque o ódio não me cega; e eu lhes estenderia sempre a mão para tirá-los de um precipício, se a ocasião disso se apresentasse. Eis como entendo a caridade cristã; compreendo uma religião que nos ordena retribuir o mal com o bem, com mais forte razão restituir o bem pelo bem. Mas não compreenderia jamais a que nos prescrevesse retribuir o mal com o mal.” – do capítulo Fora da Caridade não há salvação.  
“A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e
todos os deveres sociais”
 
b) “(...) Os homens não podem ser felizes se não vivem em paz, quer dizer, se não estão animados de um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocos, em uma palavra, enquanto procurarem se esmagar uns aos outros. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; mas supõem a abnegação; ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; portanto, com seus vícios nada de verdadeira fraternidade, partindo, da igualdade e da liberdade, porque o egoísta e o orgulhoso querem tudo para eles. Estarão sempre aí os vermes roedores de todas as instituições progressistas; enquanto eles reinarem, os sistemas sociais mais generosos, mais sabiamente combinados, desabarão sob os seus golpes. (...)” – do capítulo O egoísmo e o orgulho – suas causas, seus efeitos e os meios de destruí-los.  
c) “(...) Todos vós que sonhais com essa idade de ouro para a Humanidade, trabalhai, antes de tudo, na base do edifício, antes de querer coroar-lhe a cumeeira; dai-lhe por base a fraternidade em sua mais pura acepção; mas, para isso, não basta decretá-la e inscrevê-la sobre uma bandeira; é preciso que ela esteja no coração e não se muda o coração dos homens com decretos. Do mesmo modo que, para fazer um campo frutificar, é preciso arrancar-lhe as pedras e os espinheiros, trabalhai sem descanso para extirpar o vírus do orgulho e do egoísmo, porque aí está a fonte de todo mal, o obstáculo real ao reino do bem; destruí nas leis, nas instituições, nas religiões, na educação, até os últimos vestígios, os tempos de barbárie e de privilégios, e todas as causas que mantêm e desenvolvem esses eternos obstáculos ao verdadeiro progresso, que se recebe, por assim dizer, desde a meninice e que se aspira por todos os poros na atmosfera social; só então os homens compreenderão os deveres e os benefícios da fraternidade; então, também, se estabelecerão por si mesmos, sem abalos e sem perigo, os princípios complementares da igualdade e da liberdade. (...)” – do capítulo Liberdade, Igualdade, Fraternidade. 
“O anátema secreto tornar-se-á oficial, e os Espíritas serão rejeitados pela Igreja romana” 
d) O clero clamará heresia, porque verá que nele atacas firmemente as penas eternas e outros pontos sobre os quais apoia a sua influência e o seu crédito, clamará tanto  mais que se sentirá muito mais ferido do que pela publicação de O Livro dos Espíritos, do qual a rigor, podia aceitar os princípios dados; mas, no presente, vais entrar num novo caminho onde ele não poderá te seguir. O anátema secreto tornar-se-á oficial, e os espíritas serão rejeitados junto aos judeus e aos pagãos pela Igreja romana. Em compensação, os espíritas verão seu número aumentar, em razão dessa espécie de perseguição, sobretudo vendo os padres acusarem de obra absolutamente demoníaca uma Doutrina cuja moralidade brilhará como um raio de Sol pela publicação mesma de teu novo livro, e daqueles que o seguirão. Eis que a hora se aproxima em que será preciso declarar abertamente o Espiritismo por aquilo que ele é, e mostrar a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo; a hora se aproxima em que, diante do céu e da Terra, deverás proclamar o Espiritismo como a única tradição realmente cristã, a única instituição verdadeiramente divina e humana.” – Trecho de uma  mensagem mediúnica obtida em Ségur, em 9 de agosto de 1863, sobre as consequências da publicação d´O Evangelho segundo o Espiritismo. 
Percebe-se, com clareza, que referidos textos – entre outros – precisam ser copiados, distribuídos, lidos e estudados em conjunto por todos nós em nossas reuniões públicas ou íntimas de estudos, em nossas instituições, pela preciosidade de suas considerações. Pela nossa imperfeição humana, estamos muitas vezes esquecidos da caridade nos relacionamentos, nos julgamentos, ou nos iludimos com tolas vaidades, colocando a perder esforços de décadas daqueles que ergueram ou fundaram as instituições a que atualmente nos entregamos. 
Por outro lado, as anotações pessoais do Codificador, seus pensamentos íntimos (como o texto Fora da Caridade não há salvação), suas lutas e dificuldades precisam novamente ser colocados à nossa visão para refletirmos no tempo que perdemos com picuinhas e assuntos sem importância, retardando esforços no bem, onde deveríamos concentrar mais nossas atenções... 
Parece-nos que não podemos deixar tal obra no esquecimento. Cento e vinte anos depois de sua publicação, soa novamente a hora de a divulgarmos amplamente, para que seus preciosos textos estejam conosco a nos orientar o procedimento, o comportamento, os passos no bem.

terça-feira, 15 de maio de 2012


BEBIDA  ALCOOLICA É DROGA?

Sim. Esta droga liberada (este veneno) produz sérias conseqüências à saúde física como: irritação na mucosa gástrica e duodenal, levando o paciente à úlcera; no fígado as células se enchem de gordura, porta aberta para a cirrose hepática; o pâncreas, 25% dos pacientes acometidos de alcoolismo agudo exibem evidências reais de pancreatite, ou seja, de lesões no pâncreas inflamado; o álcool também determina depósitos de gordura nas artérias, ocasionando a terrível arteriosclerose, que leva o paciente à angina de peito, uma dor insuportável produzida pela diminuição da circulação sangüínea no miocárdio, o músculo nobre do coração; ele atinge o aparelho digestivo: o indivíduo perde o apetite, o estômago se inflama e a ulceração da sua mucosa logo se manifesta. Na esfera do sistema nervoso o álcool ocasiona derrames cerebrais, paralisias, alterações do comportamento, até mesmo a loucura mais completa. O álcool reduz a resistência física, diminui o tempo de vida e, por isso, o seu praticante é considerado um SUICIDA. A bebida alcoólica, já por si é altamente prejudicial, mas às vezes, ela se torna mais prejudicial, porque é criminosamente adulterada. Nos uísques falsificados, aguardentes precocemente envelhecidas e cervejas mal pasteurizadas, os exames químicos denunciam substâncias estranhas diversas: iodo, óxido de ferro, arsênico, chumbo, corantes nocivos, sódio e potássio. Há também uma questão esquecida: cada garrafa de bebida que adquirimos ajuda a sustentar a indústria que mata mais gente e destrói mais lares do que uma guerra. Um seareiro de Jesus não deveria compactuar com isso. E, temos também, um agravante invisível. O bebedor inveterado geralmente (senão sempre), é assediado por terríveis obsessores que lhes compartilham a mesa do lar, do bar elegante ou o balcão da tosca imunda. Porque a embriagues, infelizmente, é um hábito que se observa em todas as camadas sociais. Estes companheiros invisíveis vêm saciar, a seu modo, sua sede pelo álcool através do alcoólatra desprevenido. Assim, inicia-se um doloroso processo de vampirismo espiritual, de conseqüências imprevisíveis. Hipnoticamente, estes obsessores, exercem sua influência, conduzindo, por sugestão, o indivíduo à ingestão de álcool. Por isso, quando ouvimos um espírita dizendo: "UMA CERVEJINHA NÃO FAZ MAL" ou "EU BEBO SOCIALMENTE", que estes relembrem a recomendação de Jesus: "A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ COBRADO”, cuidado ao enganarem-se.
No mínimo devemos lembrar a importância do nosso corpo físico antes de fazer uso de algo que nos prejudique. É ele que nos ajuda a evoluir. Somos apenas inquilinos dele.
Como disse Joanna de Ângelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.”´
Há também uma questão esquecida:
cada garrafa de bebida que adquirimos ajuda a sustentar a indústria que mata mais gente e destrói mais lares do que uma guerra. Um seareiro de Jesus não deveria compactuar com isso.
O alcoolismo deve ser encarado, nos casos profundos, como uma doença orgânica. Há indivíduos que começam com pequenos goles, buscando na bebida um estado de liberação das suas tensões e, muitas vezes, encontram mais tarde, uma dependência com dores e aflições. Pois o alcoólatra, não destrói somente a si mesmo. Destrói também a família. Arrasa o pobre coração materno. Dilacera os laços conjugais. Estraçalha as esperanças dos filhos. O seu lar é de desarmonia, de desassossego, numa instabilidade emocional constante. O alcoólatra, muitas vezes, é alvo de violência, é causador ou indutor de crimes (no lar, no trânsito, no bar, etc.), o qual poderá ter como conseqüência a prisão, o manicômio ou mesmo o túmulo precocemente, às vezes por obsessão.
Quantos males seriam evitados! Quantas dores não aconteceriam! Quantos problemas seriam resolvidos se o alcoolismo das conversas vazias de fim de expediente, de fúteis reuniões sociais, de preguiçosos fins de semana fosse substituído pela visita ao enfermo, pelo atendimento ao necessitado, pelo estudo edificante, pela participação na atividade religiosa. Os que assim agem não precisam de drinques para experimentar alguma descontração ou passageira euforia, porque há neles aquela vida abundante a que se referia Jesus. Aquela força divina que vibra em nossas veias quando nossa mente se povoa de ideais e nosso coração pulsa ao ritmo abençoado do serviço no campo do Bem. O movimento “Alcoólicos Anônimos” adota um lema muito expressivo: "SE VOCÊ QUER BEBER, O PROBLEMA É SEU; MAS SE VOCÊ QUER PARAR DE BEBER, O PROBLEMA É NOSSO.” Que recorram, pois, aos ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, todos aqueles que sinceramente desejarem libertar-se do domínio do álcool. Sigamos o conselho do apóstolo Paulo: "NÃO SEJAM INSENSATOS; AO CONTRÁRIO, PROCUREM COMPREENDER A VONTADE DO SENHOR. NÃO SE EMBRIAGUEM,  QUE LEVA PARA A LIBERTINAGEM, MAS BUSQUEM A PLENITUDE DO ESPÍRITO.” (Efésios 5:18)


sexta-feira, 11 de maio de 2012


 As mudanças climáticas e 
suas consequências
Em face dos desastres naturais que têm acometido nosso 
planeta, lembremos que nas mãos de Jesus
 
repousam os destinos da Terra
 
Pesquisas indicam que a "mudança climática tem matado cerca de 315 mil pessoas por ano, de fome, de doenças ou de desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil, até 2030”. (1) O estudo estima que o problema do clima afete 325 milhões de pessoas, anualmente, e que, em duas décadas, esse número irá dobrar, atingindo o equivalente a 10% da população mundial da atualidade. Para minimizar o impacto, "seria preciso multiplicar por cem os esforços de adaptação à alteração do clima nos países em desenvolvimento". (2) O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em sua vasta avaliação sobre a questão, feita em 2008, concluiu que, desde que as temperaturas começaram a aumentar rapidamente, nos anos 70, os gases de efeito estufa, produzidos pelo homem, tiveram um peso 13 vezes maior no aquecimento global que a variação da atividade solar.  
Quase 25% da população mundial estão ameaçados pelas inundações, em consequência do degelo do Ártico, segundo um estudo publicado, em agosto de 2009, pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). À medida que a extensão do gelo diminui, e que a superfície dos oceanos aumenta, a quantidade de energia solar absorvida, também, aumenta. Recentemente, uma geleira derreteu e a Suíça ganhou 150 metros de território, originalmente, italiano. A linha divisória, que determinava a fronteira, desde 1942, moveu-se. Houve derretimento de campos, permanentemente cobertos de neve, nos Alpes, como reflexo do aquecimento global que, ainda, pode destruir 85% da Amazônia. O aquecimento climático libera grandes quantidades de metano [gás de efeito estufa], na região polar. Até agora, esses gases estavam "aprisionados no gelo". Esse efeito contribui, por sua vez, para a aceleração do degelo nas regiões polares.  
Em face dessa mudança do clima, uma ponte de gelo [um bloco do tamanho da Jamaica], que liga duas ilhas da Antártica, rompeu-se – informaram os pesquisadores. O rompimento pode indicar que o bloco Wilkins, (3) como é conhecido o território, flutuará livremente, o que será um dos efeitos das mudanças provocadas pelo aquecimento global. 
A sociedade deve formatar novos modelos de convivência, lastreados na fraternidade e no amor 
A rigor, muitas das camadas de gelo diminuíram nesses últimos anos, na Antártida, e seis delas se romperam por completo, a exemplo das geleiras de Prince Gustav, Larsen Inlet, Larsen A, Larsen B, Wordie, Muller e Jones. Análises demonstram que, quando os blocos se rompem, as geleiras e as massas de gelo começam a se movimentar em direção ao Oceano. Em 1985, os cientistas identificaram um buraco na camada de ozônio, sobre a Antártida, que continua se expandindo, assustadoramente. A redução do ozônio contribui para o "fenômeno estufa". As consequências dessa síndrome são catastróficas, como o aquecimento e a alteração do clima, precipitando a ocorrência de furacões, tempestades severas e, até, terremotos. Os efeitos do "El Niño e do La Niña", também, são aterrorizantes, pois que aceleram o degelo das calotas polares, aumentando, consequentemente, o nível do mar e inundando regiões litorâneas. Prova disso são os registros de diminuição das geleiras no Himalaia, nos Andes, no Monte Kilimanjaro, e a única estação de esqui da Bolívia, Chacaltaya, pôs fim à sua atividade, pela escassez de neve naquela região.  
Urge que se crie uma mentalidade crítica, que permita estabelecer novos comportamentos com foco na sustentabilidade da vida humana. A sociedade deve formatar novos modelos de convivência, lastreados na fraternidade e no amor. A falta de percepção, da interdependência e complementaridade, entre os indivíduos, gera, cada vez mais intensamente, o desequilíbrio da natureza.  
O cientista Stephen Hawking, em seu livro "O Universo numa Casca de Noz", expõe, de forma curiosa, que: "Uma borboleta batendo as asas em Tóquio pode causar chuva no Central Park de Nova Iorque". (4) Hawking explica que "não é o bater das asas, pura e simplesmente, que gerará a chuva, mas a influência deste pequeno movimento sobre outros eventos em outros lugares é que pode levar, por fim, a influenciar o clima". (5) 
Nos Estados Unidos, 55 milhões de americanos acham que falta pouco para o mundo acabar 
Devido a esses estertores de aguda dor da natureza, surgem, em várias partes do mundo, grupos de pessoas fanáticas, que criam seitas e cultos estranhos; abandonam emprego, família, à espera do "juízo final". Só na França, conforme a Revista ISTOÉ, de 4 de agosto de 1999, há cerca de 200 delas, com 300 mil adeptos. No Japão, vários “gurus” preveem o “final do mundo”. Nos Estados Unidos, 55 milhões de americanos acham que falta pouco para o mundo acabar. Para esses, os furacões que têm destruído a região central do país são anjos enviados para punir os homens, anunciando o "grande final". (6) Não é confortador, de forma alguma, o aparecimento de pessoas com essas bizarras crenças, que se multiplicam mundo afora, obscurecidas na razão pela expectativa de uma "nova era". Lamentavelmente, até nas hostes espíritas, têm surgido alguns livros com ideias que induzem os incautos ao pânico ou à hipnose catastrofista do quanto pior melhor...! 
Nos dias de hoje, consoante a Lei de Causa e Efeito, não precisamos possuir o talento da profecia para antevermos o futuro próximo do panorama terrestre. Os terremotos, os furações, as inundações, as erupções vulcânicas e outras catástrofes naturais são e serão parte inevitável da dinâmica da natureza. Isso não significa dizer que não possamos fazer alguma coisa para nos tornarmos menos vulneráveis. "Aprender com as catástrofes de hoje para fazer frente às ameaças futuras". (7) Somos esclarecidos pelo genial lionês, Allan Kardec, que os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados uma perturbação dos elementos, não são de causas imprevistas, pois "tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus". (8) E os cataclismos "algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto, na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza". (9) 
A preocupação sadia é aquela que resulta em conquistas edificantes para o bem de todos 
Enquanto as doridas transformações desses momentos de debacle moral se anunciam, ao tilintar sinistro das moedas, ecoando nas bolsas de valores, as forças espirituais se reúnem para a grande reconstrução do amanhã. Aproxima-se o instante em que todos os valores morais humanos serão revistos, para que, com novas energias criadoras, um novo modelo de mundo triunfe sobre a carga destrutiva das consciências insanas que, hoje, habitam o educandário da vida. Nesse fenômeno, o ensinamento de Jesus não passou e não passará jamais. Na luta sofrida das civilizações, Ele é o archote do princípio, e nas Suas sacrossantas mãos repousam os destinos da Terra. 
Os pessimistas insistem, sempre, em considerar que a maneira, negativa e sombria, de perceber as coisas do mundo seja uma maneira realista de viver. Na verdade, se olharmos a vida com muita emoção (distantes do raciocínio) vamos encontrar motivos de sobra que nos abatem os ânimos, em qualquer lugar e em qualquer situação, como, por exemplo: defrontamo-nos, diariamente, com crianças carentes; fome universal; guerras; violência urbana; sequestros; carestia; insegurança social; corrupção; acidentes catastróficos etc. Entretanto, é um dever, para com o nosso bem-estar, estarmos adaptados à vida, com tudo que ela tem de bom e de ruim, sem, necessariamente, acomodarmo-nos com as situações.  
Estar preocupado, apenas, e permanecer passivo diante dos sinais de alerta que a natureza nos dá, é modelar um futuro caótico para as próximas gerações. A preocupação sadia é aquela que resulta em conquistas edificantes para o próprio bem e para o bem de todos, fundamentalmente, para os próximos irmãos que virão a reencarnar. Esse é o legítimo cristão. Por mais difíceis que sejam os desafios a enfrentar, por conta da própria incúria humana, dinamizemos a vontade de nos harmonizarmos com a mãe natureza. Não podemos esquecer que Jesus é o Caminho que nos induz aos iluminados conceitos da Verdade, onde recebemos as gloriosas sementes da sabedoria, que dominarão os séculos vindouros, preparando nossa vida terrena para as culminâncias do amor universal no mais profundo respeito à natureza.  

Referências: 
(1) Conforme Relatório Fórum Humanitário Global (FHG), instituição com sede em Genebra.
(2) Disponível no site http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia, acessado em 27 de agosto de 2009.
(3) Detalhe: O bloco Wilkins, na Península Antártica, está diminuindo de tamanho desde a década de 1990.
(4) Hawking, Stephen. O Universo numa Casca de Noz, São Paulo: Ed. Mandarim, 2a Edição, (2002).
(5) idem.
(6) Publicado na Revista ISTOÉ, edição de 4 de agosto de 1999.
(7) Mensagem do ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, por ocasião do Dia Internacional Para a Redução das Catástrofes Naturais, de 11 de Outubro de 2006, conforme veiculada pelo Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas – RUNIC.
(8) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 2001, pergunta 536.
(9) idem.
 




quarta-feira, 9 de maio de 2012


MÃES MÁS!!

O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.
O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.


“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos
presos por nenhum crime.


FOI TUDO POR CAUSA DELA!”
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE DEVE SER UM DOS GRANDES MALES DO MUNDO DE HOJE: A INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!
Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!